Terapia Biomagnetismo Médico

Por Fábio Meister

Origem

O biomagnetismo médico é um método terapêutico não invasivo desenvolvido pelo médico mexicano Dr. Isaac Goiz Durán, no ano de 1988. 

O primeiro cientista a estudar o efeito do magnetismo sobre os sistemas vivos foi o americano Albert Roy Davis, na década de 1930. Décadas depois, Walter C Rawls Jr, a partir de experimentos sobre a influência do ímã no sistema biológico, patenteou o método de rastreamento e diagnóstico de algumas doenças.

Na década de 1970, Richard Broeringmeyer, cientista da NASA, percebeu que os astronautas apresentavam um encurtamento passageiro da perna direita após regressarem de missões no espaço. A partir disso, intensificou suas pesquisas e descobriu que seria possível corrigir as alterações ao expor esses astronautas a um campo magnético.

No fim da década de 1980, os estudos aprofundados do Dr. Isaac Goiz Durán, sobre os princípios do magnetismo e biomagnetismo, deram origem à técnica, hoje difundida em diversos países.

Como funciona

Para manter o organismo saudável o ideal é preservar a alcalinidade do sangue, mantendo o potencial de Hidrogênio, (PH) neutro, na faixa de 7,1 a 7,5.

Na escala do PH, as faixas de PH entre 0 a 6 é ácida, sendo o 0 a mais ácida e o 6 a menos ácida, já as faixas de PH entre 8 a 14 são alcalinas, sendo a 8 a menos alcalina e a 14 a mais alcalina.

A ciência sabe que em tecidos e órgãos biológicos sadios o pH é neutro. Quando esse pH se torna ácido ou alcalino, o ambiente fica propício para a sobrevida de agentes patógenos e que potencializam as mais variadas doenças.

Os estudos do Dr. Isaac Goiz Durán demonstraram que o desequilíbrio do PH em um organismo proporciona um ambiente adequado para a proliferação de vírus e fungos, em ambientes ácidos e bactérias e parasitas, em ambientes alcalinos.

Também, demonstrou que uma vez reequilibrado o PH do organismo, o ambiente fica hostil e inadequado para a sobrevida dos patógenos.

O impacto magnético produzido pela aplicação dos imãs de neodímio, com cargas magnéticas iguais ou superiores a 1000 Gauss, sempre em pares e com polaridades opostas faz com que os patógenos sucumbam, facilitando a recuperação de diversos desequilíbrios e restabelecendo a saúde. 

O biomagnetismo funciona porque: 

Conforme ensina o engenheiro químico e terapeuta biomagnético, Ivan Person, em sua obra, Biomagnetismo e Bioenergia Magnética – Uma nova medicina integrativa, editada por Gracioli Editora, 1ª Edição/ 2016, pg. 22.

“Atualmente sabemos que a célula do corpo humano contém magnetita. A magnetita cristaliza em forma de tetraedro, polariza seu estado ao se oxidar ou se reduzir, e gera diferenças de potencial que produzem um campo magnético por onde flui a corrente elétrica. Pode-se sustentar que no corpo humano existem campos magnéticos equilibrados, e pode-se entender por que existe uma corrente de energia em nosso corpo.

Quando ocorre uma enfermidade, na realidade, a rede magnética de energia se rompe, e produz uma descompensação nesses campos magnéticos. Obviamente existe uma mudança no composto de eletrólitos que gera uma variação no sentido do campo magnético, produzindo uma polarização positiva ou negativa dos órgãos, vísceras, glândulas, ossos, músculos e outros tecidos, onde ocorre a anomalia biológica e, portanto, uma mudança no PH da região envolvida.

A enfermidade aparece quando as magnetitas se deterioram, e, assim, entendemos que, ao aplicarmos os imãs no organismo, podemos devolver à magnetita seu estado original, e conseguimos que volte a ocorrer a ordem magnética.

A rede ferroso-férrica recupera sua polaridade original, e as enfermidades tendem a desaparecer, ...”

Assim, podemos afirmar que a terapia biomagnética médica não cura a doença, mas promove o reequilíbrio do organismo do indivíduo, possibilitando que o próprio organismo se recupere utilizando mecanismos internos e restabelecendo a homeostase.

Indicações

Já foram documentadas mais de 900 patologias que podem ser tratadas através da terapia biomagnética médica, abrangendo patologias físicas, emocionais, psicológicas, psiquiátricas, hormonais e também as causadas por carências de vitaminas e sais minerais.

Sendo uma terapia relativamente recente e com desenvolvimento acelerado, os estudiosos do assunto tem dedicado tempo às pesquisas de patologias complexas, tais como doenças genéticas, hereditárias e hormonais, e tem compartilhado esses conhecimentos entre as comunidades terapêuticas.

Até áreas como a epigenética que tem relação com as informações reversíveis que são introduzidas nos cromossomos e são replicadas estavelmente durante as divisões celulares, mas que não modificam as sequências de nucleotídeos e dessa forma alteram o fenótipo sem mudar o genótipo, são objeto de estudo, com a finalidade de ativar ou desativar algum gene.

Como é realizada a terapia

O paciente é colocado em uma maca, deitado de barriga para cima, com os pés e tornozelos posicionados para fora da maca, de modo a possibilitar que o terapeuta consiga movimentar os pés do paciente segurando-os pelos calcanhares.

É recomendável que o paciente esteja utilizando um calçado fechado e firme nos pés. Isso facilita o trabalho do terapeuta.

O terapeuta verifica o alinhamento dos pés do paciente de forma a constatar a existência de diferença de comprimento entre as pernas. Uma vez alinhadas, o terapeuta inicia o rastreio dos pontos.

O rastreio pode ser realizado em voz alta ou não. O terapeuta chama cada um dos pontos de aplicação dos imãs, aproximadamente 180 pontos são chamados pelo terapeuta.

Durante a chamada desses pontos o terapeuta mantém os pés do paciente seguros pelos calcanhares e os balança gentilmente até obter uma resposta.

A resposta do organismo ocorre através do encurtamento involuntário da perna esquerda, o que ocorre na maioria das vezes, ou através do seu alongamento involuntário, o que ocorre raramente.

Caso não haja a resposta do organismo, o terapeuta chama o ponto seguinte e seguinte até obter uma resposta através do movimento involuntário da perna.

Uma vez ocorrido o movimento involuntário da perna esquerda o terapeuta anota o ponto e passa a rastrear o par magnético correspondente ao ponto inicial detectado. Mais uma vez a resposta a esse ponto será através do movimento involuntário da perna esquerda.

O terapeuta continua o rastreio até o último ponto, sempre anotando os pares identificados.

Após a conclusão do rastreio o terapeuta pede ao paciente que se reposicione na maca, de forma que seus calcanhares permaneçam na superfície da maca e o paciente fique o mais confortável possível. e a partir daí, passa a colocar nos locais indicados os pares de imãs. Essa atividade é chamada pelo terapeuta de impactação.

Os imãs são colocados nos pontos identificados sempre em pares, sendo que na maioria das vezes, o primeiro imã colocado deve ser com a polaridade negativa voltada para o corpo do paciente no local identificado primeiro no rastreio, e o segundo imã, com a polaridade positiva voltada para o corpo do paciente colocada no segundo ponto rastreado.

Uma vez concluída a tarefa e todos os pontos tenham sido impactados o terapeuta aguarda o período de 15 minutos e passa a retirar os imãs, sempre retirando os imãs de polaridade positiva primeiro e depois os de polaridade negativa.

Para muitas enfermidades não é necessário repetir a terapia, pois com o reequilíbrio do PH o organismo estará apto para se recuperar. Para outras enfermidades, especialmente aquelas que estão instaladas há mais tempo, será necessário que o paciente se submeta novamente ao tratamento. Essas situações são verificadas, caso a caso pelo terapeuta juntamente com o paciente. 

O Biomagnetismo Quântico

As limitações impostas pela pandemia de Covid-19 nos anos de 2020 e 2021 exigiram dos biomagnetistas adaptar-se a nova realidade e, dessa forma, passaram a atender os pacientes à distância, aliando os conhecimentos do biomagnetismo medicinal com a apometria quântica através de mesas radiônicas.

Muitos biomagnetistas atendem à distância os pacientes, realizando o rastreio através de radiestesia e também já não utilizam mais os imãs de neodímio para a técnica, pois enviam ao paciente as cargas magnéticas na intensidade adequada, pelo tempo exato de forma quântica, em outras palavras à distância.

Pessoalmente, acredito que a sensibilidade do terapeuta fica mais aflorada quando o atendimento é presencial, ocasião em que há uma troca sutil de energia entre paciente e terapeuta que auxilia no rastreio, entretanto, ao longo do tempo, e através de depoimentos das pessoas submetidas a essa modalidade quântica, verificamos que os resultados são efetivos e os pacientes colhem os benefícios dessa técnica.

Contra indicações e efeitos colaterais

A terapia do biomagnetismo médico não é recomendada para gestantes com menos de três meses de gestação, e para quem utiliza marcapassos ou qualquer outro dispositivo bioeletrônico ou com baterias.

Também, não é indicada para tratar tumores em pessoas que se submeteram a tratamento quimioterápico ou radioterápico para qualquer tipo de câncer, entretanto, como é sabido, esses tratamentos provocam uma intoxicação severa no organismo que acaba por causar diversos efeitos colaterais, tais como náuseas e queda de cabelo. Nesse aspecto a terapia biomagnética médica é indicada e pode auxiliar na desintoxicação e redução dos efeitos colaterais.

O terapeuta também deve evitar colocar imãs com a polaridade positiva em qualquer lugar do corpo que apresente uma lesão ou inflamação, sob risco de estimular a evolução da enfermidade.

Os únicos efeitos colaterais observados seriam:

Durante a aplicação dos pares de imãs o paciente pode ter vontade de urinar e pode apresentar sonolência ou mesmo dormir durante o processo, o que não atrapalha em nada o trabalho do terapeuta.

Após a realização da terapia, pode ocorrer que o paciente apresente uma crise curativa, que seria a sensação temporária que os sintomas que já apresentava pioraram, ou apresente outros sintomas e também é possível que apresente vômito ou diarreia. Todas essas situações ocorrem raramente e são passageiras e não exigem uma atenção especial. 

Há protocolos específicos da terapia biomagnética médica que podem ser utilizados para minimizar a crise curativa.